Está em curso uma explosão mobile bastante expressiva. Contudo, é esperado uma revolução de conteúdos em plataformas móveis nas três grandes distribuidoras de conteúdo: Facebook, Google e Apple. O que chamamos de conteúdo mobile.
O primeiro através da sua grande e influente rede social; a segunda através do seu buscador largamente utilizado e responsável por boa parte do tráfego de inúmeros publicadores de conteúdo; e a terceira, não menos importante, mais com seu universo poderoso e repleto de usuários espalhados pelo globo.
O consumo de informação há tempos é pauta de várias discussões. Atualmente, a que ganha muita atenção é o consumo de informações através dos dispositivos móveis.
Números e perspectivas do mobile no Brasil
No Brasil, por exemplo, há mais aparelhos do que habitantes e alguns comportamentos vem ganhando força e sendo representativos.
- Mensageiros mobile: os aplicativos de mensagens são utilizados por 43% da população;
- Vídeos no mobile: 35% da população consomem vídeos em seus dispositivos;
- Games no mobile: os jogos vem ganhando cada vez mais jogadores no ambiente móvel, sendo 21% atualmente da população;
- Banco no celular: as transações bancárias já são realizadas por mais de um quarto, 28%, da população;
- Serviços de mapas mobile: os aplicativos de mapas ganham cada vez mais adeptos, 33% é a representação atual.
Sobre o consumo do conteúdo mobile
Os usuários consomem informação em tamanhos de telas variados, conexões à internet instáveis e muita impaciência. Isso exigiu esforço e um aproveitamento de mercado, de gigantes do setor para melhorar a experiência dessas pessoas.
Elas perceberam que usuários querem ter acesso ao conteúdo instantaneamente. Uma experiência centrada na informação, sem firula, muitos anúncios nem popups para lhes convencerem a serem leads do canal.
Publicadores de conteúdo que adaptam suas plataformas para usar novas tecnologias, ganham maior relevância por parte dos algoritmos desses sistemas. Além disso, o engajamento dos usuários aumenta, porque o conteúdo carrega rápido e a informação é disposta direto ao ponto. Isso é essencial para pessoas que consomem mais e mais informações espalhadas pela internet.
O consumo mobile de conteúdo nos grandes players
O Facebook adota o FBIA (Facebook Instant Article) aplicado exclusivamente em seu aplicativo mobile.
O Google encabeçou uma iniciativa Open Source através do AMP (Acelerated Mobile Pages) utilizado em seu mecanismo de busca. Outras relevantes plataformas como Twitter, LinkedIn e Pinterest, por exemplo, seguiram o mesmo caminho.
Já a Apple em uma atualização do iOS substituiu o aplicativo Newsstand pelo News. Isso originou o Apple News e disponíveis em aparelhos iPhone e iPad.
As três plataformas apresentaram soluções iguais em conceito, mas cada uma tem seu propósito e formato.
Todas transformam conteúdos de blog ou notícias de portais, por exemplo, em conteúdos estáticos que são carregados extremamente rápidos em dispositivos móveis e com uma experiência “app-style” dentro do resultado de buscas do Google, se adotado o AMP, e no aplicativo do Facebook, se aplicado o FBIA, ou no aplicativo News da Apple e por conseguinte em sua grande massa de smparthones e tablets.
Visão geral sobre as tecnologias adotadas
Ambas tecnologias são implementadas nas páginas web através da adição de tags no cabeçalho das páginas para que os mecanismos possam reconhecer e se beneficiar do conteúdo.
Elas também informam e direcionam o comportamento dos robôs que leem e consomem os dados; faça um paralelo as diretivas do robots.txt que instrui os robôs de busca.
Uma vez implementado é necessário se inscrever em seus programas e submeter os conteúdos; faça um paralelo, por exemplo, ao envio do sitemap do seu site através do Google Search Console.
As vantagens e benefícios
Conquistar um alcance orgânico dentro da maior rede social do mundo tem sido cada vez mais um grande desafio, e quanto mais conseguirmos que os conteúdos sejam compartilhados, maior nossa probabilidade de alcançar mais pessoas.
Conteúdos publicados dentro do ambiente do Facebook que adotam o FBIA oferecem uma facilidade maior de seus usuários compartilharem as informações consumidas e por conseguinte um engajamento mais efetivo com suas publicações.
Alcançar as melhores posições no Google é o desejo incansável de publicadores de conteúdo, uma vez que a busca orgânica tem uma representação significativa em seus tráfegos.
E o Google já está beneficiando páginas com o AMP implementado. Ter uma combinação de bom posicionamento, experiência centrada no usuário e um CTR relevante nas páginas exibidas no resultado de busca é garantia de tráfego, conversões e uma audiência crescente.
O mundo Apple é fechado, e vem se abrindo ao longo do tempo de forma tímida, mas não podemos desconsiderar o potencial que é atingir o universo de usuários de iPhone e iPads em todo o mundo.
Considerar a publicação dos conteúdos no Apple News é mais uma alternativa de alcance de audiência e estar presente cada vez mais próximo dos leitores.
Conclusão
Considere implementar em suas páginas web as tecnologias das três gigantes: Facebook, Google e Apple e forneça para sua audiência uma experiência cada vez melhor de leitura e consumo da sua informação, independente da plataforma de preferência dos seus usuários e momento de uso.
Seja junto aos amigos, na busca por informação ou na cama com a luz dos aparelhos refletindo sobre seus rostos antes de dormir e pela manhã quando acordam em busca de se atualizarem.
Este artigo foi publicado originalmente na Revista Digitalks – Edição 12 – 2017.