Mobile First, API First, Digital First. Qual será o próximo First?
A cada época temos algum termo acrescido do termo “First”. A tática visa chamar atenção para o foco em algo.
Mas será que esse algo a ser massificado é o melhor para o seu negócio? Será que o seu timing é agora?
Precisamos aproveitar as ondas, mas ter senso crítico é necessário para surfarmos a onda perfeita.
Vamos retomar ao primeiro parágrafo e discutir sobre essas três ondas: Mobile, API e Digital. Todos “First”, é claro.
Mobile First
Mobile First é um conceito aplicado em projetos web onde o foco inicial da arquitetura e desenvolvimento são direcionados aos dispositivos móveis.
Em negócios focados no segmento B2B, não podemos ignorar o desktop. Uma vez que as maioria das transações acontecem no ambiente corporativo, quando os usuários estão diante das telas grandes.
Para adotar o Mobile First precisamos: ter o mindset necessário e saber lidar com o quarteto: usuário-lugar-dia-horário.
O usuário, ponto central das suas estratégias, têm diferentes padrões de comportamento. Esses padrões estão relacionados ao dispositivo em uso, o local, dia e horário.
Portanto, é importante, e necessário, ser Mobile First. Mas precisamos considerar as demais variáveis em que o dispositivo não será aquele que fica na palma da mão.
Em alguns casos B2B, incluo meu negócio nessa, 80% dos acessos são através de Desktop, acontecem de segunda à sexta entre às 8h e 20h. Após esse horário, e nos finais de semana, é 80% mobile.
Nesse contexto, seria o caso de sermos Desktop First? Não.
Há significativos benefícios em considerar o Mobile First em sua estratégia:
- O Google é Mobile First, e boa parte do tráfego da sua presença on-line virá dele;
- O esforço para promover cada vez o AMP (Accelerated Mobile Pages) é constante;
- Seus usuários não largam o celular, é preciso prover uma boa experiência para eles;
- No Brasil há mais celulares do que habitantes.
Mas é preciso ir além, pensar integrado. Nem tudo é Mobile First.
API First
O conceito de API First vem crescendo entre as organizações. Sua aplicabilidade permite melhor integração entre departamentos, parceiros e aplicações.
Também permite gerar novos negócios e novas receitas antes não imaginadas.
Uma estratégia de API First significa que ela será a primeira (e talvez a única), interface da sua aplicação.
A forma como seu produto vai expor as funcionalidades e possibilidades será através de requisições aos endpoints do seu serviço de API.
É pensar além da interface gráfica e concentrar os esforços iniciais em como o consumo dos dados serão realizados.
Mas você tem estrutura de pessoal e conhecimento para embarcar nesse caminho? As possibilidades são diversas, mas é necessário conhecer os detalhes técnicos.
O exemplo mais simples para ilustrar uma estratégia de API First, é pensar no potencial de negócios tendo um CMS como ponto focal.
O CMS é pensado, e estruturado, para cumprir verdadeiramente o seu papel, ou seja, gerir conteúdos. A partir disso, é possível seguir com possibilidades diversas:
- Criar site com o conceito Headless para interagir com os usuários;
- Servir conteúdo para aplicativos móveis, seja iOS, Android ou qualquer outra plataforma;
- Entregar conteúdos para sites parceiros;
- Alimentar bots com as mais diversas necessidades;
- A lista continua …
Digital First
Há muitos anos sempre fomos off-line first. Passamos pela integração dos dois mundos. E agora estamos na área do Digital First.
No entanto, e principalmente, nos pequenos negócios o desafio é ainda maior. A transformação digital está em curso, e sem isso não há como ser somente Digital.
O mundo “First” será cada vez mais presente em nossas vidas e isso chegará ainda mais rápido nas organizações dos mais variados tipos e tamanhos.
Há pouco se falava muito em Mobile First. Hoje é mais prático e expressivo adotá-lo com a integração de uma estratégia API First.
Com a união dos dois conceitos, estaremos presente no cotidiano dos nossos clientes, parceiros e funcionários de forma contínua e consistente.
Ser Digital First é pensar de forma sistêmica, integrada e orientada para explorar todo o potencial de engajamento e colheita de resultados possíveis.
É mapear com efetividade o padrão de comportamento do usuário, agir e dançar conforme a música. Seja quando ele estiver em pé, sentado ou deitado; seja pela manhã ou quando irá dormir.
Business First
No mundo real, First é o que devemos considerar: o nosso negócio.
Pensar no que faz sentido para sermos sustentáveis e seguirmos a longa, e dura, jornada da gestão e entrega de resultados.
Já que é moda, me permita retomar ao primeiro parágrafo deste artigo e lançar uma: Business First.
Pense no seu negócio primeiramente, conheça ele a fundo e adote primeiramente as estratégias que serão mais relevantes para o seu momento e possibilidade de investimento.
Os micro-momentos do “eu quero”: saber, ir, fazer e comprar são extremamente importantes para os seus clientes e a interação que eles terão com sua marca.
Mas os macro-momentos do “eu preciso” – me virar, fazer acontecer, gerir e entregar resultados – precisam ser o First, Second e Third epicentro da sua estratégia digital.