Cada página na internet tem um endereço.
Para se comunicarem, as páginas trocam links. Esses links referenciam o endereço da página mencionada.
Quando uma página muda de endereço, é preciso fazer o redirecionamento do antigo para o novo.
Esse desvio pode ser de diferentes tipos, os quais chamamos de redirecionamento 301 ou 302.
Essas informações de tipos de redirecionamentos, bem como outras especificações sobre a página ficam armazenadas no header da requisição.
Antes de falarmos desses headers, é preciso compreender o básico sobre o protocolo HTTP.
Sobre o protocolo HTTP
O protocolo HTTP é um mecanismo utilizado pelos navegadores de internet para requisitarem informações ao servidor web e exibir páginas na tela do dispositivo em uso.
Você também pode o compreender como “um conjunto de regras que definem como a informação será transferida de um computador para o outro”.
Embora todo protocolo seja um pouco diferente, eles são compostos de um cabeçalho (header), “carga” (payload) e rodapé (footer).
Sobre os headers de requisição
Quando o browser requisita o acesso a uma página, ele envia um cabeçalho.
E quando o servidor web entrega a página, também responde com um cabeçalho.
Você não visualiza essas informações no seu fluxo normal de navegação.
Os headers de requisição contém dados técnicos relevantes para sistemas e robôs.
E quando falo de robô, me refiro também ao Googlebot.
Ele interpreta essas informações, antes de analisar o conteúdo da sua página.
Dependendo do tipo de análise, ele poderá ser impedido de indexar as informações, por exemplo.
E quando alteramos o endereço de uma página, ou modificamos a estrutura de URL precisamos redirecionar os bots e sistemas para o local correto.
Nesse contexto, entra em cena os redirecionamentos 301 ou 302.
Uma requisição de página ao servidor, pode ter como retorno diferentes status.
Poucos conhecem um dos mais utilizados: o status 200.
Ele indica um status de sucesso, que a requisição foi bem sucedida.
Você também deve se deparar com frequência, com o status 404.
Esse status é ao contrário do 200, isto é, o endereço não requisitado não foi localizado no servidor.
Nesse cenário que entra em cena a necessidade dos status 301 ou 302.
Ou seja, o endereço de uma página que antes era A, agora passou a ser B.
O servidor web precisa retornar o status 301 ou 302, bem como o novo endereço a ser considerado.
O que é o redirecionamento 301?
O status 301 significa que o endereço foi movido permanentemente.
Ou seja, desconsidere o endereço anterior e passe a considerar este novo.
Através desse tipo de redirecionamento, bots do Google, por exemplo, vão atualizar seu índice e desconsiderar o antigo.
Bem como transferir a autoridade e todas as especificidades que se tinha sobre o endereço anterior.
Por causa disso, o redirecionamento 301 é extremamente relevante e requerido em trocas permanentes de endereços e estruturas de URLs.
O que é o redirecionamento 302?
Já o status 302 significa que o endereço foi movido temporariamente.
Nesse contexto, o endereço anterior pode vir a ser considerado novamente em algum momento.
Informar esse código é importante, para evitar a transferência de autoridade do endereço antigo para o novo.
Vejo um caso de uso muito regular do redirecionamento 302 em páginas temporárias de promoções.
Qual redirecionamento usar: 301 ou 302?
A resposta é simples e lógica.
Se a mudança de URL de uma página é fixa, para sempre, um caminho sem volta, considere aplicar o redirecionamento 301.
Agora, se for algo temporário e você tem a certeza que voltará para o endereço antigo, considere o redirect 302.
Como fazer redirect no WordPress
Você pode realizar os redirects no WordPress de várias formas.
O mais importante é conseguir responder a requisição do navegador de internet com o status de redirecionamento desejado.
Isso pode ser feito através de código PHP, JavaScript, plugins ou no próprio servidor.
Através de códigos PHP, pode ficar solto na sua aplicação e dificultar a gestão dos redirecionamentos.
Com JavaScript é o pior cenário. O browser já carregou todo o header de requisição, dado que a linguagem é executada do lado do cliente, ou seja, o dispositivo.
Fazer de uso de plugin ou realizar no servidor são os melhores caminhos.
Redirecionamentos 301 ou 302 através de plugin
Se o seu site tem pouco tráfego, ou se os padrões de URL são bem diversificados, fazer uso de plugin é um bom caminho.
Você não precisa de conhecimento técnico, mas precisa compreender os tipos de redirecionamentos e seus impactos.
Para isso, volte a leitura ao início deste post.
Minha sugestão é o plugin Redirection do John Godley.
Ele é popular, simples de usar, tem um gerenciador dos redirects, permite aplicar redirecionamentos através de condições lógicas, registra as requisições e seus respectivos redirecionamentos e tem várias outras funcionalidades bem relevantes.
Além de tudo isso, ainda permite fazer uso de REGEX para definirmos padrões de endereços.
Outro ponto bem relevante é o suporte aos servidores web Apache e NGINX.
Redirecionamento 301 ou 302 através do servidor
Aplicar o redirecionamento através do servidor, impede da requisição chegar até o WordPress.
Ou seja, o browser é direcionado ao endereço desejado sem necessitar de nenhum esforço do WP.
E sem esse esforço, você economiza processamento do servidor, acesso a banco de dados e diminui o tempo de resposta.
Quando falamos de sites de grande audiência, isso se faz ainda mais necessário.
Mas é preciso ter conhecimento técnico, dado que isso é realizado através de programação.
Quando o servidor web é o Apache, essas instruções ficam no arquivo .htaccess.
Já no NGINX, as instruções ficam no arquivo de configuração.
Conclusão
É preciso compreender o por que das coisas.
Perceba que uma simples mudança de status, ou seja, fazer uso do 301 ou 302 pode mudar muita coisa em seu negócio.
Normalmente quando vamos fazer algo, esse algo tem diversos caminhos.
E para redirecionar os acessos de um endereço antigo para o novo tem essas duas opções.
Para definir, precisa saber o objetivo.
E o meio a ser utilizado, vai depender, também, de alguns fatores.
Através desse artigo, espero que você tenha subsídios para definir quando e como fazer os redirecionamentos 301 ou 302 no seu projeto WordPress.