O mercado da tecnologia é majoritariamente masculino e isso não é segredo pra ninguém.
Este, inclusive, foi o tema do nosso primeiro podcast, exibido no dia 8 de Março, data em que mundialmente é celebrado o Dia Internacional da Mulher.
A data é sobre reflexão. É bizarro pensar que opinar, votar, trabalhar ou mesmo USAR CALÇA não era possível há muito pouco tempo. Mas será que já conquistamos tudo que precisamos?
Para discutir o assunto eu convidei a UX Designer da Apiki Thuana Botelho, a Psicóloga e Gestora de Gente da Apiki Fernanda Fróes e a Coordenadora do Curso de Análise de Sistemas da Univale, Rossana Moraes. Confira nosso bate papo (mas não repare as falhas porque foi nosso primeiro, hein!?)
Apenas 17% dos programadores brasileiros são mulheres
Os dados são da Serasa Experian em parceria com a Onu Mulher e revelam que as mulheres estão fora de uma das carreiras promissoras do mercado.
Conforme conversamos no podcast, pelo visto o problema antecede as empresas de tecnologia, sendo que nem mesmo nas universidades está havendo a procura do público feminino.
Nunca perdemos a esperança em ter um time de Apikers formado por 50% mulheres e 50% homens.
Estamos sempre em busca de novos talentos. Então se você é mulher, desenvolvedora, está em busca de recolocação no mercado de trabalho e se identifica com a nossa cultura, envie seu currículo e venha trabalhar com a gente.
Sobre o machismo na sociedade (logo, na Apiki também)
As Apikers ganharam chocolates no dia 08/03, como de costume.
Foi então que passamos a refletir o que, de fato, a data representa para a sociedade. Nosso CEO, Leandrinho Vieira, convocou todas as mulheres da Apiki para uma reunião surpresa, que nem a nossa Gestora de Gente, Fernanda Fróes, sabia.
Neste encontro ele basicamente nos perguntou sobre machismo e pediu que relatássemos fatos que havíamos vivido aqui na empresa, mesmo que o envolvessem.
Assim o fizemos. Despejamos nossas lamentações durante horas, enquanto ele só ouvia.
Surpreso em saber que existe machismo na Apiki e que, algumas vezes fora praticado por ele mesmo, decidiu que a partir de agora, todo dia 8 de cada mês faremos uma assembleia para discutir o assunto.
Além disso, ações serão implementadas posteriormente para que a Apiki seja uma empresa confortável tanto para homens quanto para mulheres.
Como Apiker, fiquei orgulhosa e feliz em saber que estamos dando um passo histórico na construção da empresa. Afinal “Pense Diferente, Respeite Por Igual”, não pode ser só uma frase de efeito do nosso Código de Cultura.
Falando sobre machismo no AMA
Religiosamente toda sexta-feira às 14h30 acontece o nosso AMA (ask me anything). No AMA, o CEO se apresenta para falar sobre as últimas novidades e responder perguntas dos Apikers.
É uma ótima oportunidade para ficarmos na mesma linha sobre as pautas importantes da empresa. Além disso, podemos esclarecer dúvidas sobre qualquer coisa (mesmo!).
No último AMA, dia 15 de Março, Leandrinho contou sobre a tal reunião com a mulherada.
Enquanto ele falava, observei a expressão dos meus amigos, homens. Alguns demonstraram indiferença (como se a carapuça não estivesse servindo), mas a maioria demonstrou surpresa, mas aquela surpresa negativa, sabe?! Triste mesmo.
Quando o CEO terminou de falar, um silêncio ensurdecedor pairou no ar. Um clima estranho de incredulidade tomou conta da sala de reunião. “Somos um time tão unido, será mesmo que há machismo na Apiki?”, foi o que li por trás daqueles olhares confusos.
O silêncio foi interrompido pelo primeiro homem que se manifestou. Ele realmente se demonstrou surpreso, mas se colocou à disposição para ouvir e ser chamado a atenção, caso cometa algum ato de machismo.
A partir da fala dele, outros colegas começaram a falar e finalmente esse tabu foi quebrado. Falamos abertamente sobre machismo na Apiki.
Agora que levantamos a poeira (que entrou nos olhos de uns, causou tosse e espirro em outros), estamos prontos para conversar, discutir sobre o assunto e evoluir como pessoas e como Apikers.
Grande dia!