Migrar WordPress para outro servidor é rotineiro e acontece por vários motivos, desde a insatisfação com o hosting atual até a busca por soluções e serviços que possam complementar a necessidade da aplicação. Neste artigo, explicaremos como migrar site em WordPress para outro servidor e precauções que você deve ter nesse processo.
Migração de site é sempre uma atividade que acaba reservando surpresas e desafios. Ter um planejamento bem feito e um time a disposição é o básico para evitar falhas, além de um plano, e pessoas, para entrarem em ação nas ocorrências derivadas.
Sobre a migração, domínio e URLs
Neste artigo consideraremos a migração somente de servidor e que o domínio e as URLs serão mantidas. Há casos em que o padrão de URL muda e em alguns extremos o domínio também. Nesses últimos cenários é preciso considerar a substituição de strings no banco de dados para refletir o novo domínio e padrão de URL e redirecionamentos 301, por exemplo, para não ter perda de indexação nos mecanismos de busca.
Antes de tudo, e sempre, backup
No servidor atual considere realizar o backup de tudo. Além de um procedimento de segurança, esse backup pode ser um salva-vida em situação extrema de falha. É sempre bom ter onde e a quem recorrer. Considere o backup dos seguintes itens:
- Se a solução de host oferecer, considere um backup full;
- Backup da base de dados em uso;
- Backup de todos os arquivos do site (core do WordPress, plugins, temas, uploads);
- Backup do arquivo .htaccess, em caso de uso do Apache;
- Arquivo robots.txt, em caso de uso de arquivo físico;
- Cópia, ou análise de transição, das contas de e-mail;
- Tomar nota dos subdomínios em uso;
- Tomar nota de todas as entradas personalizadas de DNS.
Além de copiar os arquivos na estrutura atual, tome nota de informações importantes que poderão ser consultadas para a transferência e verificação de que tudo foi migrado como deveria.
Sobre migrar WordPress para outro servidor
De uma forma muito simplificada o processo se resume em: organizar e exportar os arquivos contidos no servidor atual e importar na nova estrutura de host. Vamos conhecer os detalhes, as etapas e considerações importantes sobre cada passo.
Considerações ao exportar a base de dados do WordPress para migração
Para quem não tem o costume de analisar a estrutura da base de dados em uso pelo WordPress, este é o momento. Em muitos dos casos as tabelas precisam ser otimizadas e algumas podem ter sido criadas por plugins em desuso e que poderiam ser excluídas.
Na imagem acima observamos que todas as tabelas foram otimizadas e eliminamos o overhead de todas elas. Com essa prática garantimos também que o arquivo a ser exportado fique menor e sem sujeiras.
Na mesma imagem percebemos o uso de 11 tabelas que é o total utilizado por uma instalação padrão do WordPress. Analisando o site somente pelo banco de dados, um número superior a este indica duas possíveis situações: instalação multisite em uso ou tabelas adicionais criadas por plugins.
Considerações ao copiar os arquivos do WordPress para migração
Assim como eliminamos dados e tabelas desnecessárias do banco de dados ao migrar WordPress, consideramos o mesmo cenário com os arquivos. Migrações sempre permitem uma revisão e eliminação de arquivos desnecessários.
Todos os arquivos de plugins residem na pasta /wp-content/plugins. Considere eliminar os que não estão em uso ou fora dos planos de uso futuro. Os temas são alocados na pasta /wp-content/themes. Considere o mesmo procedimento de remover os temas em desuso. É bom manter um tema adicional para em caso de testes ou emergência em que seja necessário desativar o tema em uso.
Uma outra atenção especial deve ser tida com os plugins. Alguns hosts não permitem certo plugins e possuem uma lista de plugins não autorizados. Considere analisar essa situação e no processo de migração já evite enviá-los. Quando aplicam essa política, há sugestão de outro plugin similar ou a informação de que a própria infra cumpre o papel.
Considerações ao migrar o arquivo .htaccess
O arquivo .htaccess, em servidores Apache, é responsável por armazenar diretrizes que definem ou modificam comportamentos do servidor por questão de segurança, performance ou implementação de recursos mais sofisticados.
O WordPress, por padrão, faz uso de diretivas no arquivo .htaccess para ativar o recurso de Links permanentes e garantir o uso das URLs amigáveis.
Esse arquivo não tem um nome e sim uma extensão, .htaccess, somente. Portanto, ele é um arquivo oculto e às vezes acaba sendo esquecido em função disso. Analise também as diretivas utilizadas e certifique que o host de destino suporta os módulos em uso.
Considerações ao migrar e-mails
E-mail é sempre crítico e uma das formas de comunicação mais utilizadas pelas empresas. Sua indisponibilidade pode ser um risco para a operação e geração de negócios.
O primeiro passo é analisar qual a plataforma em uso e como os e-mails são utilizados. Por exemplo, algumas empresas utilizam o e-mail da própria hospedagem. Outras utilizam plataformas específicas como o Google Apps for Work. Em caso de uso desse último é preciso considerar a criação das entradas MX equivalentes e DNS para os demais serviços da aplicação.
Já os e-mails da própria hospedagem, em sua maioria são utilizados através de um webmail fornecido ou com programas de cliente de e-mail como Thunderbird, Mail, Outloook, entre outros. Considere mapear todos os e-mails em uso, recriar todos eles na nova estrutura e alinhar os novos endereços de acesso ao webmail, entradas POP3/iMAP e SMTP, bem como o padrão de autenticação.
Consideração ao migrar subdomínios
Embora uma instalação WordPress padrão não faça uso de subdomínios, pode acontecer do seu negócio fazer uso deles. Você precisará recriar esses subdomínios e analisar o conteúdo de cada um para analisar o que precisará ser migrado.
Edição e considerações sobre o arquivo wp-config.php
O arquivo de configuração do WordPress é chamado de wp-config.php. Além de considerar proteção de segurança para o arquivo atente-se às informações de conexão a base de dados. Tenha certeza que o nome do banco, usuário, senha, host e prefixo estão corretos. Todo o processo de migrar o WordPress dependerá dessa etapa.
Consideração ao migrar entradas de DNS
As entradas NS são as mais comuns e as quais nunca esquecemos, afinal elas são as responsáveis por apontar o domínio para o novo servidor. No entanto, é possível que exista outras entradas de DNS e elas precisam ser replicadas. Por exemplo, entradas de SFP, DKIM, CNAME, TXT, entre outras.
Pré-visualização no novo servidor
Alguns servidores permitem uma pré-visualização do site publicado. Esse recurso pode ser interessante para você se certificar que tudo o ocorreu como esperado, que o site está navegável e a migração será um sucesso e sem sustos. Bastará apenas uma revisão e acompanhamento.
Ao migrar WordPress para outro servidor, atente-se às considerações acima para um melhor planejamento da atividade. E você, quais as considerações ao migrar WordPress para outro servidor? Compartilhe conosco nos comentários.